RPG e educação: o que alunos de Pedagogia conhecem sobre Roleplaying Game*
Ambiente de uma partida de Roleplaying Game
INTRODUÇÃO
O Roleplaying Game como forma de ensino já vem sendo
utilizado em vários componentes curriculares e em diversas modalidades Brasil
afora desde a publicação da primeira tese de doutorado sobre o assunto no
país por Sônia Rodrigues em 1997. Existem publicações que demonstram
experiências exitosas com o uso do jogo ou com alguns dos elementos que o
compõe que tem estimulado principalmente a leitura e a escrita dos alunos. Atualmente existem trabalhos sobre o assunto
no ensino da arte, das ciências, da filosofia, da geografia, da história, da
física, da informática, do inglês, da língua portuguesa, da literatura, da
matemática, da psicologia, da química e da sociologia.
OBJETIVO
Este estudo teve o objetivo de incentivar educadores a
conhecerem o potencial do jogo como motivador da aprendizagem.
MATERIAL E MÉTODOS
Foi feito um levantamento bibliográfico complementado por
uma pesquisa de campo, aplicada por meio de questionários semiestruturados para
30 alunos com faixa etária entre 27 a 56 anos (Fig.1) do 6º semestre do curso
de pedagogia do convênio UNESP/Univesp em relação aos principais elementos que
compõe o Roleplaying Game.
RESULTADOS
A partir das respostas dos alunos é possível inferir que a
maioria tem ampla experiência de docência pois a grande maioria leciona 6 anos
ou mais (Fig.2). Dezoito alunos já ouviram falar do Roleplaying Game (Fig.3) e
desse total somente 2 ouviram opiniões ruins sobre esse jogo (Fig.4). Em
relação aos títulos mais relacionados ao RPG os que estão na mídia despontam
como favoritos na preferencia dos educadores, no entanto, títulos mais antigos
receberam uma avaliação muito próxima aos atuais (Fig.5). Por fim, as
habilidades (Fig.6) que a prática desse jogo exige são consideradas muito
importantes pelos alunos pesquisados.
Fig.
1:
Faixa etária da amostra
Fig.
2:
Há quanto tempo os componentes da amostra são educadores.
Fig.
3:
Respostas à pergunta: Já ouviu falar de Roleplaying Game?
Fig.4: Respostas à pergunta:De que forma já ouviram falar de Roleplaying Game?
Fig. 5:
Análise de títulos relevantes no Roleplaying Game
Fig. 6:
Valores atribuídos (entre 0 e 3) que mais se aproximam de como os alunos julgam
que as habilidades apresentadas são importantes para seus alunos.
Fig. 7:
Valores atribuídos (entre 0 e 3) que mais se aproximam de como os alunos julgam
a habilidade de experimentar o real pelo imaginário.
CONCLUSÕES
Os dados sugerem que embora desconheçam essa relação, os alunos tiveram contato com a maioria dos
elementos que compõe o Roleplaying Game e em sua maioria atribuíram valores
muito altos àquelas habilidades que autores apontam como sendo aprimoradas com
a prática do jogo em especial a experimentação do real pelo imaginário (Fig.7).
REFERÊNCIAS
JONES, Gerard. Brincando de Matar Monstros: porque as
crianças precisam de fantasia, videogames e violência de faz-de-conta/ Gerard
Jones; [tradução Ana Ban].—São Paulo: Conrad Editora do Brasil, 2004
OLIVEIRA, Thalita. RPG (Roleplaying Game): a aventura do
letramento e da (re)construção de identidades sociais no contexto escolar. In:
14o InPLA, 2004, São Paulo. Caderno de resumos do 14o InPLA. São Paulo :
PUC-SP, 2004. p. 6.
PEIXOTO, Renato Amado . Gary Gygax e a invenção do
Roleplaying Game 2011. Disponível em :
<http://www.youtube.com/watch?v=yuIyEgVGFk0> Acesso em: 03 nov. 2012.
ROCHA, Mateus Souza. Desvendando o Roleplaying Game:
História, definição e prática/ Mateus Souza Rocha. – 1. Ed. – Teresópolis, RJ:
Novas ideias, 2010. 192p. 21cm. – (Ludo)
RODRIGUES, Sonia. Roleplaying Game e a Pedagogia da
Imaginação no Brasil. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2004. v. 01. 250 p.
ZANINI, Maria do Carmo. Anais do Primeiro Simpósio RPG &
Educação. São Paulo: Editora Devir, 2004.
* Este trabalho foi publicado no VIII Congresso da Rede Latino-Americano – Pedagogia, Linguagem e Democracia
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