terça-feira, 8 de julho de 2014

Alemanha 7x1 Brasil

          Nesta partida-vexame a coisa que mais me entristece mesmo (acho que a única) são os alvos da campanha ‪#‎JOGAPRAMIM‬ do novo comercial da Sadia. Aquelas crianças que nunca viram o Brasil ser campeão mundial de futebol e torciam com todas as suas forças pelo hexacampeonato. Afinal, elas ainda têm uma ingenuidade que a maioria de nós, adultos, perdeu. Por isso, não sabem lidar com esse sentimento com bom humor. Elas choram. Choram e choram. Se eu pudesse dizer algo para toda essa galerinha que eu pude ver cair em prantos dentro e fora do estádio ao final da transmissão eu diria que no esporte e na vida não basta “torcer” para as coisas darem certo. Tem que estar preparado. Tem que se empenhar. E, sobretudo, tem que saber perder. A derrota faz parte da vida e com elas sempre aprendemos algo. E depois, é logico, eu as abraçaria muito. Já em relação a aprender algo, acho que sete máximas se destacaram nesse momento triste:


Imagem disponível em: <http://photos1.blogger.com/blogger/4022/2253/1600/chora_crianca2.jpg> 
Aceso em 08 jul. 2014

1 - GRATIDÃO: Os jogadores que ao final das partidas agradeceram a Deus, também agradeceram nessa.
2 – AMIGOS: A maioria das pessoas fica ao seu lado SÓ quando você está no auge.
3 – EXPECTATIVA: Não dá para medir sofrimento (resultados apertados, empate, jogos difíceis, goleada... Dor é dor).
4 – RESPEITO: O público brasileiro presente reconheceu e aplaudiu de pé o futebol apresentado pelos atletas alemães.
5 – ÍCONES: David Luiz e Júlio César sempre tiveram as atitudes e palavras certas nos bons e maus momentos.
6 – REALISTAS: Esses brasileiros sofreram menos que os otimistas e mais que os pessimistas.
7 – CRIANÇAS: Precisam de um abraço. Procure a sua.

Um comentário:

  1. Oi,

    Começo a leitura do seu blog e também a tecer comentários sobre algumas postagens que achei provocadoras.

    Não acho que David Luiz teve uma postura coerente nos bons e maus momentos. Ao contrário, achei que a postura dele foi tão inadequada na última partida que a pouca admiração que tinha por ele ficou por ali. Além de ter sido um péssimo jogador, ele demonstrou aquilo que já sabíamos: alguns deles não estavam preparados para uma copa do mundo, nem física nem emocionalmente. Não me refiro somente ao choro desesperado, me refiro à falta de clareza em suas palavras do porquê aquilo aconteceu. Quanto ao Júlio César, concordo. Ele sim conseguiu demonstrar lucidez.

    A gente não consegue mais acompanhar futebol no Brasil como um esporte, mas como um espetáculo midiático e como máquina de fazer dinheiro. Isso contamina os jogadores (muitos nem considero atletas, no sentido do que significa viver para superar seus limites no esporte). Por isso, torcer é algo que começa a perder o sentido.

    Hoje, em 2016, somos testemunhas dos escândalos relacionados ao futebol, com partidas sendo vendidas, pessoas que tomam decisão sobre os rumos do esporte baseadas em suas experiências pessoais. Tudo isso retira do futebol profissional aquilo que há de mais precioso no esporte. E o pior é saber que isso não é exclusividade do futebol. Nos resta torcer para atletas amadores e ainda menos contaminados com essa sujeira?

    Ainda hoje, em 2016, vemos o desprestígio da seleção brasileira, mesmo com a tentativa da globo de continuar endeusando os jogadores. É claro para as pessoa que o futebol brasileiro é um engodo. Uma pena.

    E as crianças? Meu desejo também foi abraçar e acolher cada uma delas, com o cuidado de compreender a legitimidade daquele sofrimento.

    Até mais ;)

    Julci.

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